domingo, 29 de maio de 2016

Rock In Rio sem Ivete Sangalo não seria Rock In Rio
Postado Por: iveteonlineCompartilhe:


Rock In Rio, vamos esquentar! Um rio de pirilampos ergue-se pelo Parque da Bela Vista mal se ouvem os primeiros segundos de música, trazidos por um furacão chamado Ivete Sangalo. Furacão esse que conseguiu afastar a chuva, empolgando os milhares de pessoas que se acotovelaram junto do Palco Mundo, não tanto por ela mas sobretudo por causa dos Maroon 5, que encabeçam este quarto dia.

Mas antes do charme de Adam Levine há a nobreza de Ivete, mulherão com 44 anos (feitos ontem, com direito aos parabéns da audiência) e que afirma ter apenas 18. Vestido preto com lantejoulas, um par de pernas que parece não ter fim, e uma energia infindável que transforma o recinto numa gigantesca aula de ginástica. Valha a verdade, isto é serviço público: um bilhete para o Rock In Rio custará menos que a mensalidade de muitos bons ginásios. Milhares de quilogramas haverão de ter sido perdidos ao longo da hora e pouco em que Ivete Sangalo esteve em palco.

Não é para menos. Acima de tudo sejamos honestos - a banda de Ivete tem qualidade. Baixo groovy, secção de sopros impecável, ritmo contagiante, tal como a presença da cantora em palco, que poucos minutos depois de iniciar o seu espetáculo se descalça e corre para junto do seu público. Eu sou o fogo que Lisboa precisava, afirma.

Fogo esse que teve o condão de afastar a chuva que caiu durante a tarde, e que transformou em lama a poeira que a brasileira prometia levantar. Não o fez, mas levantou lama; e, parafraseando Adolfo Luxúria Canibal, dos Mão Morta, num célebre concerto (e numa célebre diatribe) em Paredes de Coura, "levantem lama, pois foi da lama que se fez o mundo"...

Para além de homenagear Bob Marley - com uma versão de "Could You Be Loved" - e de abordar por breves instantes a instabilidade política que o seu país atravessa hoje em dia, Ivete jurou o seu amor por Portugal e por este espaço, no qual marca presença desde a sua génese. No fundo, o Rock In Rio não o seria sem a cantora. O final, frenético como o concerto inteiro, deixou felizes e suados aqueles que não deixaram, por um segundo, de erguer bem alto os braços e dar azo à alegria. Uma alegria que, provavelmente, voltaremos a viver dentro de dois anos.

Fonte : Bliz 
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